Quotes by José Eduardo Agualusa

José Eduardo Agualusa's insights on:

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Esperar demais é a raíz de toda a desilusão. Aqueles que pouco esperam, esses são os mais felizes.
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- Talvez nos tenhamos enganado ao pensar que a natureza não seria mais madrasta para nós, os brancos, os ocidentais, do que para os portugueses e os levantinos. A verdade é que os portugueses sempre foram mais africanos do que europeus.
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Imagino muitas vezes a maldade como um animal. Um amigo meu (...) defendia a ideia de que um formigueiro (ou um enxame) pode ser considerado um único ser vivo, em que cada formiga (ou abelha) é uma célula. De modo idêntico, penso na maldade como um vasto animal disperso pelo mundo, composto por pessoas, como os formigueiros são compostos por formigas.
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Para manter os escravos no seu devido lugar, ou seja, trabalhando, trabalhando, trabalhando, é necessário nunca lhes faltar com os três pês - pau, pão e pano. Escutei isto muitas vezes, a senhores de engenho, feitores e até mesmo damas finas. Pela mina experiência, posso comprovar que aquilo que nunca falta é o primeiro pê, o pau, a pancada. A comida e a roupa faltam muitas vezes.
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A ganância é que move o mundo. Sem essa ganância que tanto te aflige, o homem não seria mais do que estes pobres pássaros. (...) A ganância arrancou o homem da selva e há de levar-nos às estrelas.
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Satanás, o primeiro livre-pensador, incitou o homem a desobedecer a Deus e a comer o fruto da ciência, e dessa forma mostrou-nos o caminho da libertação. o problema é que a liberdade total assusta o homem. Não significa outra coisa a fábula de Deus e do Diabo.
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Os milagres acontecem a cada segundo. Os melhores costumam ser discretos. Os grandes são secretos.
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- Não sentes quando respiras?- O quê?- O medo, meu amigo! Já não cheira a medo!Dei-lhe razão. No tempo dos portugueses o medo infiltrava-se na roupa, colava-se á pele, a todas as horas, mesmo enquanto dormíamos. Era tão presente, tão inevitável, que nem nome lhe dávamos.
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O Medo degrada as pessoas, meu caro jovem. Se você mantiver a pressão, semanas, meses a fio, o Medo acaba por funcionar como uma doença. Ao princípio é apanas um incómodo persistente, como uma dor de dentes, como uma dor de cabeça, uma dor que se instala no espírito, e vai corroendo tudo. Pouco a pouco a pessoa começa a alterar o seu comportamento, começa a imaginar situações de perigo. Torna-se paranóica, perde o gosto pela vida e entra em depressão. Eventualmente mata-se.
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Há mentiras que resgatam e verdades que escravizam.
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